Enquanto escrevia o título dessa publicação me ocorreu que nos últimos 10 anos, talvez mais, a forma como inicio uma conversa com as pessoas é: "Oi, como vai você?".

Às vezes vário para um: "Olá, como vai você?". 

Hoje quando comentei sobre o ocorrido percebi que a maior parte das pessoas com as quais me relaciono não conheciam a referência. Como pode?

Sabe aquele papo de "você estava morando em um cratera na lua?"?

Hoje em dia o mundo é passageiro, curto, rápido, efêmero, com baixa relevância. Você faz sucesso em um instante e logo de torna um completo desconhecido.

Há alguns dias venho pensando como a internet se tornou tóxica. Quando publiquei meu primeiro blog em 2005 o mundo era mais simples, menos violento.

Quando postei meu primeiro vídeo no YouTube em 2006, foi a coisa mais tosca e horrenda que alguém poderia ter feito em um Sony Ericsson W810, brincando de policia com os amigos, arrebentando a porta de um casa e dizendo que estávamos invadindo um cativeiro. Me arrependendo de ter apagado aquele canal.

Anos depois, um desses amigos que participou desse vídeo me enviou um link para um vídeo de um outro cara, vesgo, engraçado o moço, o vídeo era de 14 de Fevereiro de 2010, mas acredito que eu tenha visto no final do ano, ele e mais alguns.

Whenever I'm alone with you

You make me feel like I am free again

Whenever I'm alone with you

You make me feel like I am clean again

The Cure - Lovesong

Mais um ano se passa, me envolvo com o pessoal de uma web rádio e tenho o primeiro e  único contato direto com o rapaz engraçado, porém o encontro não foi nada divertido, muito pelo contrário, e hoje, pelo menos 12 anos depois, não lembro por qual motivo discutimos.

A verdade é que hoje me sinto mal pelas brigas que tive com pessoas que conheci através da internet e produção de conteúdo. Tudo o que aconteceu nos últimos meses tem me deixado cada vez mais distante de tudo isso aqui. 

Fico imaginando o quanto posso ter contribuído para que o dia de alguém tenha sido ruim e como de dia ruim em dia ruim uma pessoa possa ter se tornado tão negativa que acabou fazendo o pior que uma pessoa pode fazer a si mesmo.

De 2011 para cá vi parte do que esse rapaz fez, o programa na TV, programas no YouTube com outras pessoas famosas. Também vi a depressão, depois a queda e mais depressão.

Em 2013, meu primeiro "bot" foi programado para fazer você me desbloquear no Twitter, não época você não fez, mas acabo de olhar e você me desbloqueou. Quando será que foi? Não sei. 

Hoje, vendo pessoas "comemorando" sua morte, fico pensando "como o mundo pode ter ficado tão doente?".

Uma sensação horrível não saí do meu peito, o que acontecendo com o mundo? 

Alguém tirou a própria vida, isso não é motivo para se comemorar!

Todos somos humanos, temos família, amigos, pessoas gostam de nós, por mais que possamos errar. Essas pessoas não viram sua mãe chorando na sua despedida e dizendo que te ama. Espero mesmo que você tenha escutado e que saiba que muitas pessoas gostavam de você, mesmo com todos os seus erros e defeitos. 

Desculpa pelo desentendimento do passado e obrigado por ter sido o cara que deu para uma multidão de pessoas uma nova e rentável profissão. 

Rest in piece, Paulo Cesar Siqueira! 
Rest in piece, PC Siqueira! 

29 de dezembro de 2023 às 15:53

Áudio enviado pelos proprietários e imagens do veículo viralizaram em grupos de Whatsapp. Veículos estava em uma revenda de carros em Bento

Agentes da Polícia Civil apreenderam na manhã desta segunda-feira, 9 de dezembro, um automóvel Opala SS 1978 que estava sendo procurado pelos proprietários há alguns dias. O veículo foi apreendido e será devolvido aos proprietários.

De acordo com o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), delegado Arthur Reguse, o automóvel foi encontrado em uma revenda de veículos às margens da BR 470. O automóvel estava em venda consignada e, segundo o delegado, o proprietário recebeu R$ 20 mil pela venda, sendo que o restante do dinheiro acordado não foi pago.

A imagem do veículo e um áudio, que seria do verdadeiro proprietário, viralizou em grupos de WhatsApp, com ele informando que tinha sido vítima de um golpe e que o veículo estaria em uma revenda em Benton Gonçalves. Segundo o delegado Arthur Reguse, os proprietários do Opala SS 1978, que seria o único modelo no Brasil com mecânica de Corvette completa, registraram ocorrência policial e, por este motivo, o veículo pode ser apreendido pelos policiais da DPPA. Um inquérito será instaurado e irá apurar se houve crime patrimonial. Eles vieram de São Paulo atrás do automóvel.

Fonte: https://noticiasdebento.com.br

Esse foi o carro "vendido" pela Pastore há alguns meses.

Para quem não entende sobre venda de consignados: O carro é entregue a uma concessionária que tem todo o trabalho de vender o veículo. Após a venda o proprietário é pago com o dinheiro do cliente e a concessionária desconta a comissão. Porém, a Opala SS estava anunciada no valor de R$ 200.000 e o proprietário recebeu apenas R$ 20.000 após a venda.

10 de dezembro de 2019 às 08:57

Matéria do Jornal do Brasil (RJ), do dia 27 de junho de 1968, quando um ataque terrorista da ALN, de Carlos Marighella, comandado na ocasião por Carlos Lamarca, da VPR, organização criminosa que Dilma Russeff participou, explodiu no hall de entrada do QG do II Exército uma caminhonete contendo até 50 kg de explosivo. Três soldados foram feridos e um, Mario Kozel Filho, recruta de apenas 18 anos, morreu.

ALN e Marighella eram terrorista.

Um povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la

Edmund Burke

21 de fevereiro de 2019 às 00:00

Estou aqui reassistindo um dos clássicos de Jim Carrey, "O Máscara" ou "The Mask", de 1996. O fato é de que na versão dublada perdemos muita coisa, pois por algum motivo os dubladores no Brasil não falam os nomes da marcas. Acredito que seja um reflexa das empresas de TV, que se recusam a "fazer publicidade de graça".

3 de fevereiro de 2019 às 16:14

Vou resumir o e-mail abaixo de outra forma. Eu quero uma conta "Pro" de gra?a, e voc? pode me ajudar se cadastrando pelo link l? em baixo. Ent?o fa?a isso e n?o me fa?a perguntas. O restante ? texto gerado pelo site.

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30 de janeiro de 2019 às 10:57

Uma das frases mais clichês podem ser ditas é: "a vida curta".

Fazer o que se algo óbvio?

A vida é curta sim, porém, sempre que essa frase e dita ou lida acabamos olhando apenas para nosso próprio umbigo e esquecemos que durante a vida conhecemos pessoas sensacionais capazes de mudar praticamente tudo ao nosso redor e que o ditado também é valido para essas pessoas.

(Assustadora a forma como comecei a próxima frase! O tempo passou rápido)
Há muitos anos atrás, ainda na época do extinto grupo do Porão do Rock, no MSN, eu conheci o Willian Araújo, o Will. Ele o único até aquele momento no grupo que não morava em Brasília, mas como curtia muito rock e o Porão no passado foi considerado o maior evento de rock no cenário mundial, um dia o Will chegou até nós. Ele era de Juiz de Fora, uma cidade no interior de Minas Gerais próxima a divisa com o Rio de Janeiro. Acredito que o Brasil inteiro conhece após o que aconteceu nas últimas eleições.
Will, garoto inteligente, divertido, muitas vezes sarcástico. Will era demais.
Chegamos a nos interessar pela mesma garota, mas isso é outra história e acredite meu amigo, o que eu passei com ela não foi legal.

Mas a vida é curta não é mesmo? Há cerca de dois eu encontrei e revi alguns posts de um blog que tanto Will quanto eu erámos autores. Não pensei duas vezes, bateu saudades das horas que gastávamos conversando sobre os mais diversos assunto e pensei em reviver isso. Copiei o link do post, fiz a miniatura da tela e marquei o Will no Facebook perguntando "e ai, lembra dessa história? O post é seu". Passados menos de cinco minutos o meu celular começa a vibrar feito louco, era um amigo nosso em comum, também da época do Porão do Rock que foi curto e grosso me dizendo: "Cara, apaga aquilo. O Will morreu". Meu amigo achou que eu estava fazendo de sacanagem, por isso a truculência. Eu realmente não sabia o que havia acontecido. Ainda sei acreditar eu perguntei quando foi que aconteceu e o Matheus, o amigo que veio falar comigo, me disse que havia sido a cerca de dois anos. Nesse momento eu percebi o terrível amigo que eu fui. Esqueci alguém com quem conversava por horas, que era demais simplesmente por nada, pela vida.

Em um certo momento da nossa amizade Will havia me dito que tinha problemas de saúde, que precisava usar uma cadeira de rodas, mas nunca imaginei que ele pudesse partir tão cedo.

Hoje, atualizando meu perfil no  LinkedIn, uma das sugestões de conexão foi Willian Araújo, Web Designer, de Juiz de Fora. Cliquei em conectar, mas sei que essa conexão nunca vai sair do status de "pendente".

A vida e curta meus queridos, por isso não deixem que a própria vida os afaste das pessoas que você admira, das pessoas que você ama, pois amanhã pode ser um dia solitário.

Lembro de uma conversa onde falávamos sobre cervejas, você estava experimentando uma nova em JF e eu resolvi abrir uma também em BSB. Hoje, tenho duas para nós... 

5 de janeiro de 2019 às 20:26

Talvez seja uma pleonasmo o que acabei de dizer, ou com certeza é.

22 de janeiro de 2018 às 01:51

Queria ter estudado lógica proposicional quando tinha quinze anos, ou quando tinha dezenove ou até mesmo em qualquer momento antes do vinte e cinco.

2 de dezembro de 2017 às 01:46

Faz algum tempo eu vi, li ou escutei em algum lugar, eu não me lembro muito bem onde foi, que com o tempo o primeiro traço de uma pessoa que esquecemos é a voz. Eu não me lembro como era a voz do meu pai, lembro das broncas que ele me dava e de algumas frases ditas, mas a voz com clareza, não. Não sei o motivo, mas por alguma razão acredito que fosse semelhante a minha.

Com o tempo eu descobri uma forma de driblar isso, vídeos. Dessa forma eu não só guarda a voz das pessoas que gosto, como também as afeições, as caras, os jeitos. Até descobrir que há outra coisa que não há como guardar. O beijo!

Não necessariamente o de uma namorada, uma esposa ou alguém com que nos relacionamos, mas o de qualquer pessoa. Todo mundo tem uma mãe ou um pai que não dispensa um beijo no rosto, avós que adoram te apertar antes dar um beijo para se despedir quando seus pais tentam te apressar para voltar para a casa. Aquele amigo bêbado que no final da balada declara o quanto te ama e o como a amizade de vocês é especial para ele. Aquela pessoa que um dia foi razão de suas juras de amor eterno, com quem você planejou casar, ter filhos, comprar uma casa, ter um cachorro, que você esperava encontrar todas as noites em casa para dar aquele beijo especial de alguém que "zerou" a vida. Opa, estava quase me esquecendo, ele, o mais especial de todos, o seu cachorro, com aquela lambida que te babava todo, mas que de certa forma era um beijo canino.

Esse momento, essa sensação, esse simples ato de pessoas que se gostam e se respeitam, com o tempo você esquece como era, a intensidade, o jeito, a carga em newtons aplicada sobre seu corpo. Com o tempo você se esquece e não há mais como reviver esse momento, nem mesmo com vídeos.

Abrace, ame, beije, sempre que possível mostre como gosta de alguém e como essa pessoa é especial para você. Um dia esse momento será apenas mais uma lembrança meio confusa em sua mente.


PS: dois beijinhos cariocas não valem.

22 de agosto de 2017 às 18:43

Acabo de passar mais noite em claro assistindo uma série de TV adolescente de 2006. The OC, Session Finale. Uma merda a última temporada, com um ar acaba assim mesmo?

Mas esse não é o assunto desde pequeno e solitário monologo de fim de madrugada.

11 de junho de 2017 às 06:09

Ok, não sou a pessoa mais organizada do mundo e vivo perdendo compromissos, inclusive o de postar na data correta...

Para muitos o dia 23 de abril pode ser um dia qualquer, um domingo qualquer de um ano qualquer, ou simplesmente um momento qualquer. Para mim não.

Algumas pessoas vão acordar cedo para lavar o carro, outras dormir até tarde curtindo aquela boa preguiça de final de semana, eu não.

Vou viajar longe em pensamentos, reflexões sobre a vida e o universo, tão vasto e ainda desconhecido, isso tudo sem a necessidade de entorpecentes, afinal 23 de abril tem esse poder sobre mim.

Em 23 de abril as estrelas se aliam em touro, o que não tem a menor importância, pois o que importa mesmo é quem nasce nesse dia e não qual roupa ela deve usar ao sair da maternidade.

Pare por um minuto e tente imaginar, sim, tente realmente imaginar, visualize na sua mente o dia 23 de abril. Consegue imaginar uma mãe na maternidade sorrindo e um bebe lindo dormindo após o viver o momento mais impactante de sua vida, o nascimento?

Não há nada nessa vida que pague a felicidade desse momento e de todos os que virão depois, seja para quem for ou por quem for. O que importa é saber que em algum momento o seu caminho vai ser cruzar com alguém que nasceu em 23 de abril...

24 de abril de 2017 às 20:35

Quando ficar sem chão eu vou estar aqui para segurar sua mão.
Quando achar que tudo acabou eu vou estar aqui para te mostrar um novo recomeço.
Quando chorar eu vou estar aqui para te fazer sorrir.
Quando achar que não tem ninguém eu vou estar aqui para te mostrar que mesmo não sendo muito, você me tem.
Quando quiser desistir eu vou estar aqui para te mostrar todos os motivos pelos quais deve continuar.
Quando achar que vai morrer eu vou estar aqui para te mostrar o lado bom da vida.
Quando tiver medo, eu vou estar aqui para te proteger e cuidar de ti.
Não importa o que faça, não importa a distância, não importam as dificuldades, eu sempre vou estar ao seu lado, sempre.

- Autor desconhecido.

5 de novembro de 2016 às 09:54

Por qual motivo homens em mulheres na grande maioria das vezes discordam em relação aos mais diversos assuntos? Seria algo biológico, genético ou social?

2 de novembro de 2016 às 21:50

Quem é a moça do sorriso às vezes tímido, às vezes bobo, mas sempre bonito que passa por aqui?

11 de outubro de 2016 às 11:30

Tênis Adidas Running número 38 branco. Dizia a caixa esquecida em baixo de diversas outras caixas.

8 de outubro de 2016 às 14:12

Nesse momento eu tenho a absoluta certeza de que alguns amigos estão a me sacanear em suas cabecinhas. Fazer o que né, tenho gosto musical de velho.

26 de setembro de 2016 às 12:08

É preciso um momento para que eu coloque as ideias no lugar em não possa escrever nenhuma besteira.


Faz dez anos que utilizei pela primeira vez aquele velho lápis de origem austríaca que esperei durante um mês por sua chegada. Com ele escrevi aquelas cartas apaixonadas prometendo o mundo há quem já tinha o universo.

"Ei? Para que essa máquina fotográfica em suas mãos?"

Enquanto eu escrevia ela fotografava, removendo todo o encanto e poesia, menosprezando a arte de se escrever em versos e rimas, sempre ostentando o ditado popular: "uma imagem vale mais que mil palavras", nossos pensamentos foram se divergindo e nossos destinos se difundindo até que um dia enfim aconteceu.

"Ei? Onde tu vais guria?" – Ela voou para bem longe.

Enquanto enviava minhas cartas recheadas de promessas e juras de amor, ela me enviava fotos sorridentes de cidades e vilas do sul da Europa.

É assim fotografando ela ganhou o mundo, e eu em meu mundinho fechado permanecia a escrever com meus lápis austríaco.

Em poucos dias o lápis acabou e cartas não mais enviei, consequentemente as fotos pararam de chegar e o tempo passou. Sei que o papel foi guardado, esquecido por anos enquanto o esse mesmo tempo se encarregou de apagar aquelas palavras escritas com grafite austríaco.

Hoje somente a fotografia envelhecida na mesa do escritório é capaz de manter viva a lembrança daquele dia frio do último inverno que passamos juntos no parque.

Dessa forma eu aprendi que promessas com o tempo se perdem e somente as atitudes são capazes de manter vivo o sentimento em nossos corações. Enquanto alguém se dedica o outro se limita e, assim o esforço vence o tempo e para quem não se esforçou a saudade reivindica o lugar da criatividade, impedindo que novas palavras possam ser escritas no papel há muito esquecido.

13 de setembro de 2016 às 23:03

Não tem como colocar um título. 

A maldade do tempo fez eu me afastar de você... ♫

Vivemos pelo acaso do destino, que em alguns momentos nos apresenta pessoas que ficarão guardadas para sempre em nossos corações, pois da mesma forma que o acaso nos traz essas pessoas, o tempo as leva.

Sabe aquele amigo que você conheceu em uma tarde de bobeira e acabou fazendo milhares de coisas com ele, se divertiu, riu, chorou, montou um blog?

Vivemos acreditando que temos tempo para tudo, mas a verdade é que não temos, pois nossa trajetória aqui possui uma duração incerta.

Com o tempo fui deixando amigos em um canto dos meus pensamentos, bons amigos, acreditando que sempre estariam ali, mas um deles não estará...

Willian Araújo, Lord Will, como o conheci, partiu no dia 8 de maio de 2016 e eu, ocupado demais não notei. Esta tudo tão confuso, me sinto culpado por não ter conversando mais, por não dito e feito mais, por não ter sido mais presente.

No último ano fui um péssimo amigo, me desculpe cara, por não ter estado lá, por ser um idiota algumas vezes. A única coisa que posso dizer é: "espero que tenha cerveja aí do outro lado, pois do lado de cá a de hoje será por minha conta".

Brasília, 06 de setembro de 2016.

6 de setembro de 2016 às 18:43

Se você está em dúvida, com certeza é apego, não é amor!

1 de agosto de 2016 às 23:42

Na vida precisamos cortar o mal pela raiz, seja qual for esse mal. O maior problema é descobrir qual é a raiz. No meu caso é a expectativa.

Hoje em dia esperamos pelo o celular que nunca toca, a notificação de mensagem que nunca chega, o e-mail que nunca aparece na lista. Tentamos ter paciência exercitando nossa impaciência, algo tão eficiente quanto usar uma peneira para pegar água.

Então desligue o celular, feche o Outlook e vá colocar a sua mente para trabalhar em algo mais produtivo.

Nasci em uma cidade do interior de Minas Gerais, que na época possuía pouco menos de 50 mil habitantes, onde não havia pressa para nada. Estudava em colégio que ficava a cerca de um quilômetro e meio de distância da minha casa, e todos os dias às 12h30min eu saia de casa para ir para aula, à pé. Chegava cerca de 10 minutos antes de a aula começar, tempo o suficiente exercitar meus dons na arte da traquinagem. E nossa como eu era bom em fazer arte. Eu tinha uma vida dupla, por fora, o pestinha, o traquina, o bagunceiro e por dentro o CDF estudioso que tirava boas notas, o suficiente para levar a professora de ciências na sétima série à loucura no final do ano.

- Evaldo, sente-se agora ou zero sua nota desse bimestre.
- Já passei na sua matéria tia – Disse eu com um sorriso cínico no rosto.

A média era 70% e nessa altura eu já estava com 75% de aproveitamento no ano letivo.

Onde quero chegar com essa pequena história? Não existia expectativa, o ano interio era diversão e comprometimento. Estava na escola para estudar, mas não deixava de ser quem eu era. Eu não tinha a expectativa de tirar boas notas, eu simplesmente às conseguia, muitas vezes sem ao menos entender como, pois até hoje vacilo muito no português.

Todos já passaram pela embaraçosa situação de relatar um acontecimento estranho a alguém e quando esse alguém vai averiguar a situação ela simplesmente não acontece. Lembra quando o seu carro estava fazendo um barulho estranho e justamente no dia em que você levou ao mecânico o barulho sumiu? Você passou quase uma hora na oficina com o carro ligado, olhando para o motor e dizendo: “Preste a atenção, vai fazer barulho”.

Por fim, você saiu frustrado da oficina e seu carro nunca mais fez o barulho.

A frustração, a angustia, o medo, até mesmo o estresse são o resultado das expectativas não atingidas.

Quando você não estiver mais esperando o celular vai tocar, a mensagem vai chegar, a notificação de e-mail aparecerá na tela.

A expectativa é o mal que preciso cortar pela raiz, o estresse a angustia são os galhos que estão arranhado meu telhado. E você? Talvez saiba quais são os galhos, mas qual a raiz do seu problema? Pegue o machado na garagem, acabei de amolar e seja feliz...

29 de julho de 2016 às 12:47